EDUCAÇÃO FÍSICA - FERRAZ


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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Meios de comunicação para surdos

Meios de comunicação para surdos

Introdução
• A comunicação humana é mais que palavras e idéias, inclui sentimentos extrínsecos e intrínsecos do indivíduo.
• É um processo contínuo que envolve também o silêncio, a pele, o ambiente, o corpo como processo integral, completo e multissensocial.

Oralinsmo
• Cultivado na década de 60.
• Visa a integração da criança surda com ouvintes, dando condições de desenvolver a linguagem oral.
• A linguagem oral é a única forma de se comunicar.

Bimodal
• Uso simultâneo de sinais e fala.

Bilingüismo
• Critérios para considerar o bilinguismo.
– Origem: aprendeu com a família as duas línguas, falantes nativos, ou; aprendeu por necessidade a outra língua paralelamente por necessidade.
– Identificação: interna (a pessoa se vê como falante de duas línguas) ou externa (os outros a identificam como bilíngüe).
– Competência: domina as duas línguas.
– Função: usa as duas línguas em variadas funções, de acordo com a necessidade.

Língua dos sinais
• Linguagem natural.
• Utiliza o canal espaço-visual.
• Foi criada por gerações de comunidades surdas.
• É diferente em cada comunidade.
• Tem estrutura gramatical própria, independente da língua oral do País

Linguagem brasileira dos sinais
• Foi desenvolvida por surdos no Brasil.
• O INES foi responsável pela padronização da língua.
• Os alunos estudavam no INES e multiplicavam a linguagem quando voltavam para suas cidades.
• A LIBRAS é comparada, em complexidade, a qualquer outra língua.

Sobre deficiências

Sobre deficiências

As deficiências não podem ser medidas e definidas unicamente pela avaliação médica e psicológica. É preciso considerar a condição que resulta da interação entre a deficiência e o ambiente em que a pessoa está inserida, visão esta que reforça a importância do uso de tecnologia, transformando a vida da pessoa com deficiência.
O decreto federal nº 5.296 é, hoje, o instrumento que define legalmente as deficiências, dividindo-as em cinco grandes categorias:

a) Física;
b) Auditiva;
c) Visual;
d) Mental (intelectual);
e) Múltipla.

Deficiência física

Deficiência física


Para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou com mobilidade reduzida à escola, deve-se eliminar barreiras arquitetônicas e propiciar recursos adaptados para sua efetiva participação.
O decreto federal nº 5.296 define deficiência física, em seu artigo 4º, como:
“Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando
o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que
não produzam dificuldades para o desempenho de funções.”
Embora este conceito defina um grande número de patologias, na escola é mais comum encontrarmos alunos com paralisia cerebral, ausência de membros e deformidades congênitas ou adquiridas, que resultam em alterações motoras, como: ausência ou dificuldade do caminhar, do equilíbrio e da coordenação motora.

Deficiência auditiva



Deficiência auditiva

As pessoas com perda auditivas constituem um grupo bastante heterogêneo e, por isso, não é correto fazer afirmações que possam ser generalizadas a toda a população que apresenta tal deficiência. O desenvolvimento comunicativo e lingüístico de crianças surdas com uma perda auditiva profunda, por exemplo, apresenta aspectos muito distintos daqueles com perdas leves ou hipoacústicas.
O decreto federal nº 5.296 define como deficiência auditiva a “perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de 500Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz”.


Fonte: Tecnologia Assistiva nas Escola - Its Brasil

Deficiência visual

Deficiência visual

Considera-se deficiência visual uma capacidade de enxergar igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica. Já a baixa visão significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho (mais uma vez com a melhor correção óptica). E também existem casos em que a soma da medida do campo visual em ambos os olhos é igual ou menor que 60 graus - ou ocorre simultaneamente quaisquer das condições anteriores.

Deficiência mental

Deficiência mental (intelectual)

Segundo o decreto federal nº 5.296, deficiência mental é o “funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas”. Hoje, quando se fala em inclusão escolar, o maior debate gira em torno do acesso do aluno com deficiência intelectual, principalmente quando ele apresenta graves comprometimentos cognitivos.
São muitos os conceitos de deficiência intelectual, mas o atual modelo da Associação Americana de Deficiências Intelectual e do Desenvolvimento (AAIDD), nos traz uma concepção funcional e multidimensional que facilita a compreensão e o planejamento dos apoios necessários à inclusão da pessoa com deficiência intelectual na sociedade.
Entende-se como apoio todo e qualquer auxílio que melhore o funcionamento da vida da pessoa, em cinco dimensões: habilidades intelectuais, comportamento adaptativo, participação, interações e papéis sociais, saúde, e contexto.
Esta visão amplia o foco da intervenção nas seguintes áreas: ensino e educação, vida doméstica, vida em comunidade, emprego, saúde, segurança, desenvolvimento humano, proteção e defesa, além das áreas comportamentais e sociais. Para tanto, considera-se quatro graus de apoios, conforme o nível de comprometimento intelectual manifestado:

1) Intermitente: baseado em necessidades específicas e oferecido em certos momentos, por um determinado período (curto prazo), com características episódicas (a pessoa nem sempre precisa do apoio) e com intensidade variável;

2) Limitado: consistente durante atividades específicas, oferecido ao longo de um período (longo prazo), porém com tempo limitado;

3) Extensivo: é necessário apoio regular (diário) em pelo menos alguns ambientes (escola, trabalho, lar) sem limitação quanto ao tempo;

4) Pervasivo: constante, de alta intensidade, nos diversos ambientes, envolve uma equipe maior de pessoas administrando os apoios, potencialmente durante o ciclo da vida.


Fonte: Tecnologia Assistiva nas Escolas - Its Brasil

Deficiência múltipla

Deficiência múltipla

O decreto federal nº 5.296 define deficiência múltipla como “a associação de duas ou mais deficiências”. Como há uma grande dificuldade de entendimento a respeito desse tipo de deficiência, que identifica diferentes grupos de pessoas, referenciaremos um trecho da Política Nacional de Educação Especial (PNEE):
Associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiência primárias (mental/visual/auditiva/física) com comprometimento que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa (MEC,1994).
A associação de diferentes deficiências pode ser agravada por alguns aspectos, como a idade de aquisição, o grau das deficiências e a quantidade de associações, influenciando as possibilidades e limitações sem cada caso.

Fonte: Tecnologia Assistiva nas Escolas - Its Brasil.

Educação Física Adaptada: uma concepção escolar.



Educação Física Adaptada: uma concepção escolar.

Conceitos:

• a inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. (Sassaki, 1997)
• Para promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, aprenda a conviver dentro da diversidade humana, através da compreensão e da cooperação (Cidade e Freitas, 1997).

Requisitos

• Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida acadêmica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente" (Edler Carvalho, 1998, p.170).

Escola: espaço de inclusão

• A escola como espaço inclusivo tem sido alvo de inúmeras reflexões e debates:

Físicos (arquitetura, engenharia, transporte, acesso)

Atitudinais (experiências, conhecimentos, sentimentos, comportamentos, valores)

Educação Física Adaptada

• A Educação Física Adaptada "é uma área da Educação Física que tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando suas diferenças individuais" (Duarte e Werner, 1995: 9).
• Educação Física Adaptada para portadores de deficiência não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que podem ser aplicados ao indivíduo deficiente. É um processo de atuação docente com planejamento, visando atender às necessidades de seus educandos.(Bueno e Resa (1995)

Ruth Eugênia Cidade Universidade Federal do Paraná - Doutoranda na Unicamp
Patrícia Silvestre Freitas Universidade Federal de Uberândia - Doutoranda na Unimep